quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Conviver em equipe: a habilidade de lidar com as diferenças

Diferente de uma indústria, aonde o sincronismo entre as máquinas é parametrizado e nunca passa por oscilações de comportamento, a harmonia entre as equipes de uma Central de Relacionamento é algo complexo e mutável. O nível de entrosamento do grupo recebe diversas interferências o tempo todo. É possível, entretanto, solucionar grande parte destes problemas. Aqui listaremos alguns deles com suas possíveis resoluções.
  • As reuniões:

A reunião, um assunto já tratado aqui, tem tanto o poder de contribuir para o planejamento estratégico quanto para destruir o convívio da equipe. O efeito do encontro pode corroer os relacionamentos humanos a partir de elementos prejudiciais.

Pessoas que chegam atrasadas, reuniões muito demoradas, ausência de planejamento, integrante que não contribui, domínio da reunião por apenas um grupo etc. Todos estes ingredientes tornam o produto da reunião algo exterminador para a parceira entre a equipe.

A solução está na disciplina. Adotando a prática de planejar, com antecedência, todos os detalhes da reunião é a melhor saída para utilizar esta ferramenta de forma produtiva. E, se apenas esta medida não for suficiente, é importante convidar alguém de outra área para participar dando sua opinião ou revendo o processo de como o grupo se reúne.

  • A negligência de alguns membros do grupo:

Quem nunca teve aquele colega que participa das reuniões, dá opiniões, mas não põem a “mão na massa”? Existem pessoas que evitam assumir responsabilidades pondo a culpa na “responsabilidade da equipe”.


A solução, para os menos interessados, também passa pela disciplina. O ideal é certificar-se de que todos partilhem do planejamento das ações, tendo, cada um, pontos direcionados e específicos que juntos formarão o resultado esperado. É imprescindível definir datas de inicio e fim e acompanhar o status periodicamente.

  • A rivalidade:

Enganam-se os que pensam que a rivalidade só tem lado negativo. Surpreendentemente ela tem lado positivo também. Basta inseri-la nas equipes de vendas ou na disputa para programar ações de qualidade que o efeito será bastante produtivo.


Considera-se prejudicial quando se torna um problema capaz de causar danos a toda à empresa: quando o grupo nega ajuda a outro por julgar que o problema não é seu, quando membros de uma equipe discordam em ingressar em outra, informações importantes não são transmitidas, etc. ai sim existe um problema sério.


Para resolver esta situação algumas medidas são eficientes: eventos que promovam a reunião entre todos, rodízio periódico entre os integrantes dos grupos, convites para que membros de outras equipes participem das reuniões, definição de ações que deverão ser tratadas por todos e criação de uma avaliação de satisfação com o objetivo de medir o auxílio entre os times.

  • As discórdias:

É impossível imaginar que a convivência em grupo será sempre harmônica, como entre as máquinas pré-programadas. Nas relações diárias existem momentos de discordância e conflito, pois torna- se necessária a discussão de idéias para que o trabalho gere um resultado mais satisfatório.


Caso o conflito seja repetitivo, e não resolva problema algum, é sinal de que as coisas não vão bem. É possível que pessoas saiam magoadas, ocorra o abandono dos membros da equipe e o assunto saia do profissional para o pessoal.


A dica é estabelecer o limite entre as pessoas, responsabilidade e a autonomia, que são conceitos diferentes. É importante também realizar reuniões mais concisas e estruturar melhor o planejamento do trabalho. A conversa franca é um ótimo remédio, principalmente quando o conflito carrega traços pessoais.

  • A luta de egos:


Quando muitos talentos estão reunidos é possível que alguns pontos de discordância fiquem mais aflorados, pois enquanto um trabalha indo em uma direção, o outro vai na direção oposta. Se o problema for um conflito pessoal, as dicas estão mais acima, porém se ambos forem importantes para a equipe e o problema for uma incompatibilidade de gênios, então segue a dica:


Converse em separado com cada parte, fora do contexto do grupo, para coletar sugestões. Defina as responsabilidades e autonomia de forma muito clara e não tente forçar a intimidade, mas imponha as regras básicas de convivência.

  • Hábitos prejudiciais:


Existem na equipe alguns hábitos que podem levar o barco a naufragar. A boa notícia é que não é difícil identificar e tratar. Alguns exemplos básicos deixarão mais claro estes tipos:


O que humilha: todas as iniciativas dos outros, para ele, é bobagem.
O terrorista: dissemina o clima de tensão no grupo.
O preguiçoso: não tem atitude para nada.
O presunçoso: se acha o melhor de todos.

A ação corretiva deste tipo de comportamento é a mais simples. Deixar o próprio grupo identificar e eliminar. Eles se divertirão bastante ao policiá-lo.


A capacidade de conviver em equipe é algo natural do ser - humano. Diariamente, em casa, na faculdade, na academia ou no trabalho é possível desfrutar das diferentes situações em que as equipes se formam e são afetadas. A síntese de todas as dicas apresentadas se traduz explicitamente no título, pois, de fato, conviver em equipe requer uma habilidade de compreender o outro e lidar com as diferenças.

Aguardo seu comentário! Um abraço, Thiago Alves.

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